O Que é a Febre Amarela?

O que é a febre amarela
O que é a febre amarela

O Que é a Febre Amarela – A febre amarela é uma doença viral que causa quadros intensos de febre. Gerada pelo vírus flavivírus (arbovírus amarílico), que pertence à família Flaviviridae, o mosquito transmissor dessa doença em locais urbanos é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e o vírus Zika. Por sua vez, quem transmite essa doença em locais de mata são os mosquitos Haemagogus spp. e Sabethes spp.

No caso da febre amarela, o único meio de ser infectado é por meio da picada de algum desses mosquitos, ou seja, essa doença não pode ser transmitida de uma pessoa para outra. Além disso, o melhor modo de lutar contra a febre amarela é por meio da vacinação.

A seguir, você lerá este texto e entenderá melhor o que é a febre amarela.

O que significa a febre amarela?

A febre amarela é uma doença infecciosa e viral que gera quadros intensos de febre. Causada pelo flavivírus (arbovírus amarílico), que pertence à família Flaviviridae, o mosquito transmissor dessa doença em locais urbanos é o mesmo que transmite a dengue e o vírus Zika.

Os mosquitos responsáveis pela transmissão da febre amarela são as espécies Aedes e Haemogogus. Inclusive, eles são os únicos que podem fazer esse contágio, o que anula completamente a chance da febre amarela ser transmitida de uma pessoa para outra.

Por conta de sua gravidade clínica e enorme potencial de contaminação, a febre amarela ajuda os cientistas a estudarem sobre surtos de doenças. Por conta desses estudos, se tornou mais simples entender esse tipo de situação.

Como funciona a febre amarela?

Existem dois ciclos de transmissão para o vírus da febre amarela. O primeiro é o ciclo urbano e o segundo é o ciclo silvestre. Em ambos os casos, os efeitos das doenças tendem a ser os mesmos, mudando apenas o seu hospedeiro e os seus vetores.

O ciclo silvestre tende a ser mais complexo, pois todos os insetos das espécies Haemagogus spp. e Sabethes spp. podem transmitir essa doença. Isso tende a amplificar muito a contaminação durante sua fase virêmica. No ciclo silvestre, os principais hospedeiros são os primatas não humanos (PNH) e o ser humano só é infectado ao invadir as áreas de mata.

Por sua vez, o ciclo urbano funciona no esquema homem-mosquito-homem, onde o principal vetor da febre amarela, o mosquito Aedes aegypti, pica uma pessoa infectada e começa a transmitir o vírus para outras pessoas. Ambos os ciclos de transmissão podem ser encontrados na África e nas Américas.

Em seres humanos, a febre amarela evolui muito rápido. Inclusive, aproximadamente 10% dos casos se tornam graves e apresentam sintomas como sangramentos no sistema digestivo (vômitos ou fezes com sangue), na pele ou na urina, falência renal, icterícia (amarelão da pele) e dor abdominal intensa.

Devido a todos os sintomas da febre amarela citados anteriormente, é muito importante identificar a doença ainda na fase inicial, pois isso eleva a chance dos cuidados médicos serem eficazes.

A vacina da febre amarela pode ser encontrada nos postos de saúde de todo o Brasil. Qualquer pessoa que possui entre 9 meses e 59 anos de idade deve tomar essa vacina. Inclusive, mesmo que a pessoa já tenha tomado a vacina, se ela for viajar para algum local endêmico, seria interessante tomar uma dose de reforço a não ser que a dose atual tenha menos de um ano.

Quando foi a epidemia da febre amarela?

A febre amarela apareceu no Brasil em 1685, quando um surto desse vírus aconteceu em quatro regiões da Capitania de Pernambuco: Olinda, Recife, Goiana e Ilha de Itamaracá. Esse vírus chegou ao Brasil por meio dos navios negreiros que vieram da África. Inclusive, naquele momento, esses mesmos navios trouxeram para nosso país o mosquito Aedes aegypti.

Após algum tempo, a febre amarela chegou em Salvador e infestou a cidade durante seis anos. Nesse período, ela causou aproximadamente 900 mortes naquela região.

Grandes focos de epidemia no Brasil

Em 1849, o vírus da febre amarela retornou ao Brasil e o primeiro grande foco da doença foi a cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil naquela época. O motivo desse retorno epidêmico foi a chegada de um navio norte-americano vindo de Havana-CUBA e Nova Orleans-EUA.

Essa embarcação infectou os portos cariocas e gerou uma contaminação gigantesca em todo o litoral do Brasil. Com isso, mais de 4 mil cariocas vieram à óbito em 1850.

Em 1889, surgiu uma grande epidemia em Campinas e, ao longo do verão, ela matou 3% da população da cidade. De acordo com os estudos do médico Adolfo Lutz (1855-1940), 75% da população de Campinas fugiu da cidade para não sofrer com a febre amarela.

Em 1895, houve uma contaminação muito grande no navio italiano Lombardia, que veio para o Rio de Janeiro naquele ano. Naquela época, a infraestrutura sanitária daquela cidade era muito precária. Inclusive, a venda de alimentos, o recolhimento de resíduos e o abastecimento de água não tinham qualquer tipo de higiene.

Rejeição internacional ao Brasil

Por conta de todos os casos mostrados anteriormente, fazer turismo no Brasil era visto como perigoso, pois nosso país apresentava muitas doenças infecciosas. Por conta disso, as agências de viagens da Europa iam diretamente para Buenos Aires-ARG, sem fazer escala no Brasil.

Essa rejeição internacional prejudicou demais o Brasil no transporte marítimo e na exportação do café. Ademais, também houve prejuízo na cafeicultura, pois boa parte da mão de obra era imigrante e muitos deles eram vulneráveis à febre amarela. Com isso, o Brasil não teve condições de pagar a dívida externa, principalmente a parte relacionada aos bancos ingleses.

Como foi a erradicação da febre amarela?

O Brasil só criou as primeiras medidas de combate à febre amarela em 1902, numa ação liderada pelo famoso médico Emílio Ribas (1862-1925). No ano seguinte, o médico Oswaldo Cruz (1872-1917) começou uma forte ação de combate a esse vírus no Rio de Janeiro-RJ.

Em 1928, a febre amarela ressurgiu na cidade do Rio de Janeiro e causou mais de 400 mortes. A partir daí, houve uma forte campanha de combate a esse vírus em todo o Brasil. Naquele momento, a empresa apoiadora dessa campanha foi a Fundação Rockfeller.

Em 1940, foi criado o “Serviço Nacional de Febre Amarela”. Em 1957, 55 anos após a primeira medida de combate ao vírus, houve uma grande campanha de combate ao Aedes aegypti. A partir dessa ação, houve a erradicação do mosquito e, por consequência, da febre amarela no Brasil.

Infelizmente, devido à péssima gestão das autoridades no quesito prevenção e da falta de cuidado da população em geral, o Aedes aegypti retornou ao Brasil. Com isso, além da febre amarela, esse mosquito trouxe outras doenças que prejudicam nosso país até hoje.

Vale lembrar que, atualmente, a febre amarela só é endêmica nas regiões de mata. Em locais urbanos, a doença é vista como erradicada, pois o último caso registrado no Brasil é de 1942.

Juliana Paiva

Juliana Paiva

Sempre em busca de informações sobre saúde e família.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *