Sintomas da Febre Amarela

Sintomas da Febre Amarela

Sintomas da Febre Amarela – A febre amarela é uma doença contagiosa, de curta duração (12 dias, no máximo) e com quadros agudos de febre.

Provocada pelo vírus Flavivírus, essa enfermidade possui gravidade variável e sua transmissão acontece unicamente pela picada de mosquitos.

Em locais urbanos, o mosquito que transmite a febre amarela é o Aedes aegypti, famoso por transmitir a dengue e o vírus Zika.

O único modo de prevenir a febre amarela é por meio da vacinação. Em boa parte das pessoas, essa doença age de maneira benigna e tende a melhorar após alguns dias.

Entretanto, aproximadamente 15% dos contaminados apresentam os sintomas mais graves dessa doença e, após uma aparente melhora, voltam a sofrer com a intensidade desses mesmos sintomas.

Por conta disso, essas pessoas precisam rapidamente de cuidados médicos intensivos, pois a vida delas está em risco.

A seguir, leia este texto e conheça um pouco mais sobre os sintomas da febre amarela.

Como diagnosticar a febre amarela?

O diagnóstico da febre amarela não é feito apenas com manifestações clínicas.

Para que o médico apresente algum diagnóstico definitivo, ele dependerá muito dos exames de sangue do paciente.

Para detectar a febre amarela em sua fase inicial, quando o vírus ainda está na corrente sanguínea do paciente, o médico usará a reação em cadeia da polimerase (PCR), técnica utilizada para identificar o vírus diretamente.

Este teste tem que ser feito em amostras colhidas no sétimo dia após o começo dos sintomas.

Por outro lado, nos estágios mais avançados da doença, quando surgem os anticorpos circulantes, o vírus desaparece da corrente sanguínea.

Nesse caso, é preciso utilizar testes sorológicos ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) e identificar a presença dos anticorpos IgG e IgM, que lutam contra o vírus.

Normalmente, os primeiros anticorpos que aparecem são os da classe IgM, que costumam se manifestar na fase mais aguda da febre amarela.

Com o passar do tempo, esses anticorpos diminuem e tendem a sumir totalmente entre duas e quatro semanas.

Por sua vez, os anticorpos da classe IgG aparecem alguns dias após os anticorpos IgM e sempre permanecem positivos, mostrando que houve uma exposição anterior.

Em algumas situações, o surgimento desses anticorpos pode mostrar que o paciente está imunizado por conta da vacinação.

Quais são as consequências da febre amarela?

A febre amarela se caracteriza por sintomas como febre, problemas no fígado, pele amarelada, dores de cabeça e em todo o corpo.

Em situações mais graves, ela pode gerar insuficiência renal e hepática, causando o falecimento da vítima.

Em seres humanos, o único meio de contrair essa doença é por meio da picada de mosquitos.

Além de todos os sintomas citados anteriormente, a febre amarela evolui de forma rápida.

Por conta disso, cerca de 10% dos casos geram problemas graves como dor abdominal intensa, icterícia (amarelão da pele), sangramentos ligados ao sistema digestivo (vômitos e fezes com sangue), falência renal, entre outras coisas.

Quanto tempo leva para os sintomas da febre amarela aparecerem?

Os sintomas da febre amarela demoram pouco tempo para aparecer.

Em geral, as pessoas começam a ter os primeiros sintomas entre 3 e 6 dias após a contaminação.

Dificilmente a incubação dessa doença durará mais tempo do que isso.

Como a febre amarela pode matar, o paciente deve ficar muito atento aos sinais dessa doença.

Ao perceber qualquer sinal, a pessoa deve procurar ajuda médica o mais rápido possível, pois isso elevará as chances de recuperação.

Qual é o tratamento da febre amarela?

Como não existe um tratamento eficaz para a febre amarela, a única coisa que pode ser feita é aliviar os sintomas.

Nesse caso, é preciso hospitalizar o paciente e lhe dar ajuda para repor líquidos e sangue perdido, caso haja necessidade.

Em casos mais graves, a pessoa precisa ser atendida numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois isso reduzirá as complicações e o risco de morte.

Além disso, é preciso evitar remédios salicilatos (Aspirina e AAS), pois isso pode elevar o aparecimento de problemas hemorrágicos.

Ao observar o paciente, o médico precisa estar atento a qualquer indicação de agravamento do quadro clínico.

Esse cuidado é muito importante, pois a febre amarela pode levar a vítima ao óbito.

Como é transmitida a febre amarela?

Existem dois ciclos de transmissão para o vírus da febre amarela.

O primeiro é o ciclo urbano, onde o mosquito transmissor ataca um ser humano infectado e começa a transmitir a doença para outras pessoas (homem-mosquito-homem).

Por outro lado, existe o ciclo silvestre, cuja complexidade é muito maior.

Nesse ciclo de transmissão, o vírus pode ser levado por várias espécies de mosquitos e as principais vítimas são os primatas não humanos (PNH).

Nas regiões urbanas, o mosquito responsável por propagar a febre amarela é o Aedes aegypti, famoso por transmitir o vírus Zika, a febre Chicungunha e a dengue.

É bom ressaltar que, essa enfermidade é tratada como erradicada nas regiões urbanas do Brasil.

Entretanto, ainda existem casos nas regiões rurais do nosso país.

No início de 2017, surgiu um novo surto de febre amarela na parte leste de Minas Gerais e isso causou diversas mortes.

Para combater essa doença, o ideal é aumentar o acesso a vacina, especialmente nas regiões endêmicas.

Além disso, é necessário reduzir ao máximo a proliferação do Aedes aegypti.

É preciso tomar quantas doses da vacina da febre amarela?

Primeiramente, é preciso deixar claro que, é possível tomar a vacina da febre amarela em qualquer unidade de saúde.

Tomar o imunizante é fundamental para que essa doença chegue ao fim.

Desde 2017, o nosso Ministério da Saúde segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja afirmação é de que apenas uma única dose de vacina é o suficiente para imunizar as pessoas contra a febre amarela.

No entanto, existem estudos que afirmam que é importante receber, ao menos, uma dose de reforço 10 anos após receber a primeira dose.

Em agosto de 2019, houve um estudo feito por alguns pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz.

Essa pesquisa, publicada no periódico Emerging Infectious Diseases, afirma que, em locais de alto risco de transmissão, é importante tomar uma dose de reforço dessa vacina.

Juliana Paiva

Juliana Paiva

Sempre em busca de informações sobre saúde e família.

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